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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ilusão humana

Jamais nos atemos ao tempo presente. Antecipamos o futuro, algo demasiado lento por vir, como para acelerar seu curso; ou nos lembramos do passado, a fim de detê-lo tão rápido nos parece. De tão imprudentes vagamos nos tempos que não são nossos e deixamos de pensar no único que nos pertence. E de tão vãos, pensamos nos tempos que nada são e escapamos, sem refletir, do único que subsiste. É que o presente, de costume, nos fere. Ocultamo-lo da visão porque nos aflige; e se nos é agradável, lamentamos vê-lo escapar. Esforçamo-nos para sustentá-lo através do futuro, e projetamos coisas que não estão em nosso poder num tempo que não sabemos se irá chegar. Se cada um examinar seus pensamentos, irá encontrá-los todos ocupados no passado ou no futuro. Quase nunca pensamos no presente; e se nele pensamos é só para extrair-lhe a luz e dispor do futuro. O presente jamais é nosso fim. Assim, nunca vivemos, mas sim esperamos viver. E nos dispondo sempre a ser felizes, acabamos por nunca sê-lo. Pascal
                                                                                                                                         

segunda-feira, 22 de julho de 2013

INTREPIDEZ

INTREPIDEZ

O espírito da casa repousa no duplo recanto
Das coisas, e cada coluna de sustentação
É uma vértebra humana que resiste ao peso
Da existência efêmera.

Lembra de acordar os vãos adormecidos
E abrigar ali, a intuição da verdade,
Para quando a energia acabar,
Os teu olhos de gato no escuro enxergar.

Ampla é a tua sala, a transparecer
Na solidão de cada fragmento melódico,
A contradição alegre do choro, dentre
A sólida intrepidez da porta aberta.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Camafeu

Peço perdão pela imaturidade e se me ajudar catar os restos dos nossos sentimentos para compor uma partitura, quem sabe eu possa entoar a canção, antes de atravessar a ponte afetuosa que nos liga um ao outro.
retirado do livro Alice em ritmo de rapsódia de leila aquino resplandes

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Estudos com Illustrator


Canção das horas

Canta uma canção que me faça voar
no som nervoso de todas as metáforas,
então desperta o rigor frio nos meus pés quentes,
assim os meus ossos serão resíduos a dançar


no brilho dos pensamentos persistentes,
quando o horizonte alcançar as todas horas.